Fronteiras do Pensamento

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Saúde mental: equilíbrio para novos tempos

O que fazer de nós mesmos no período em que nos toca viver? Para ajudar na busca por respostas, os neurocientistas Carl Hart e Sidarta Ribeiro, e as psicanalistas Élisabeth Roudinesco e Maria Homem sugerem leituras do nosso cotidiano, a partir da apresentação do professor e pesquisador Daniel Omar Perez.

00 - Apresentação Daniel Omar Perez

O psicanalista e Doutor em Filosofia pela Unicamp, com Pós-Doutorado pelas Universidades de Bonn, Alemanha, e Michigan, Estados Unidos, apresenta alternativas para que cada um convoque para si novas formas de fazer ciência, política e vida em comum, com o auxílio das ideias de neurocientistas e psicanalistas.

01 - Sidarta Ribeiro - Sonhos da ancestralidade e do futuro

Sidarta Ribeiro nos convida a pensar em nossos sonhos e memórias, conduzindo-nos pelo caminho da história dos mamíferos e da espécie humana, da ancestralidade e da vida em comum, para nos colocar diante do próprio presente e interrogar: o que faremos com o tempo da nossa vida em relação às pessoas, aos objetos, e a nós mesmos?

02 - Maria Homem - Tecnologia e subjetividade

Maria Homem fala dos modos como construímos a nossa subjetividade permeada por redes sociais, imagens, palavras, discursos, mecanismos de aceitação e cancelamento, algoritmos e dos modos de reconhecimento do ego e do grupo de identificação que incidem sobre as condições materiais da vida singular de cada um de nós.

03 - Carl Hart - Utilizando drogas para contemplar a liberdade

Carl Hart propõe um diálogo responsável sobre o consumo de drogas e suas políticas de combate e criminalização, provando, com experiências laboratoriais e de campo, que a capacidade de adição das drogas ilícitas não é maior que a do álcool – assim, está posta a questão: quais são as escolhas sociais que vêm gerando exclusão, violência e punições?

04 - Elisabeth Roudinesco - Ainda podemos sonhar com uma outra vida?

Élisabeth Roudinesco diagnostica o presente – no qual 10% da população possui 80% da riqueza – para nos colocar que este embate desigual prejudica a liberdade e pode promover saídas populistas-fascistas, como já vem ocorrendo novamente no mundo. Daí, interpela: como sair da simples sobrevivência, da queixa, do niilismo, da negação – e deixar aparecer o novo?