Ferreira Gullar
Poeta, crítico de arte e ensaísta
Gullar é considerado um dos mais importantes poetas brasileiros. Atuou como locutor de rádio, editor de revistas literárias e revisor de O Cruzeiro, além de crítico cultural no Diário Carioca e no Jornal do Brasil. Consagrou-se como poeta em busca do aperfeiçoamento da própria voz literária. Em 2009, integrou a lista da revista Época dos cem brasileiros mais influentes do ano.
Em tantas décadas de produção artística, participou ativamente de acontecimentos relevantes da poesia moderna brasileira, como o movimento da poesia concreta, com Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari, e a criação do neoconcretismo, com Lígia Clark e Hélio Oiticica. Posteriormente, desvinculou-se do experimentalismo literário para atuar com uma poesia mais engajada política e socialmente, marcada pelas publicações de João Boa-Morte, cabra marcado para morrer e Quem matou Aparecida. Foi militante do Partido Comunista Brasileiro e, exilado pela ditadura militar, viveu na União Soviética, no Chile e na Argentina. Durante o exílio, passou a se dedicar também à pintura.
Crítico de arte, biógrafo e ensaísta, publicou dezenas de livros, entre eles a obra-prima Poema sujo, Muitas vozes e Resmungos. Em 2010, recebeu o Prêmio Luís de Camões, reconhecido prêmio literário para autores de língua portuguesa. Em 2011, foi agraciado com o Prêmio Jabuti com o livro Em alguma parte alguma. Em 2014, tomou posse na Academia Brasileira de Letras.
Ferreira Gullar define que a poesia é um modo de inventar a vida. Para ele, o poema é algo que as circunstâncias determinam e que surge a partir de uma descoberta inesperada.
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