TOLERÂNCIA: o universo digital, o eu e o outro

Postado em mai. de 2020

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TOLERÂNCIA: o universo digital, o eu e o outro

Se a Internet fosse um espelho, quem você seria? A Internet possibilita a conexão de pessoas, mas também permite o surgimento de ódio e discórdia.


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Vamos fazer um exercício de imaginação. Em tempos de quarentena, estamos, cada vez mais, conectados e digitais. Encontros que antes aconteciam em bares ou na casa de amigos viraram chamadas de vídeo. Conversas foram substituídas, em grande medida, por textos e palavras. A tela de notebook, tablet ou smartphone se transformou na nossa janela com vista para o mundo. E, ao mesmo tempo, em um reflexo. Então, responda: se o vidro pudesse refletir o seu rosto durante as interações, como você se veria?

A Internet possibilita a conexão de pessoas, de ideias e de projetos. Mas é também no seu anonimato que permite o surgimento de ódio, discórdia, ofensas e fake news. Quem é você quando se olha no espelho da web? Alguém tolerante e empático? Uma pessoa que rebate o acusador e acusa também? Quem aponta o dedo ou quem tem o dedo apontado para si? Em 2020, o Fronteiras do Pensamento vai debater o tema Reinvenção do humano. Empatia, tolerância e convívio social estarão entre as ideias dos conferencistas da temporada. A compreensão ou a demonização do outro são os dois principais tópicos desta edição de conteúdos especiais.

Graça Machel fala sobre tolerância e aceitação. Leïla Slimani conversa sobre a força e a coragem para superar o preconceito. John Grayexplica como se livrar da insensatez. Ian McEwan ressalta como somos passíveis de erros. E Edgar Morin explica como transformamos o outro em demônio. 


“Nosso conhecimento cresce ao contestarmos nossas crenças, não ao prová-las.”

John Gray



A diferença entre tolerância e aceitação do outro é mais do que uma questão terminológica. Para a ativista moçambicana Graça Machel, reside em uma profunda transformação de mundos internos e externos. 

1) Assista ao vídeo de Graça Machel.



Uma menina marroquina passeia pelas ruas de Paris e atrai olhares pela cor da pele e pelo cabelo crespo. Na França, em 2018, ela já é a vencedora de um dos mais importantes prêmios literários do mundo. A escritora franco-marroquina Leïla Slimani mostra que o mundo segue mudando e nada é impossível.

2) Assista ao vídeo de Leïla Slimani.

 

 



Com base nas ideias Karl Popper e Barbara Tuchman, o filósofo britânico John Gray traz suas polêmicas e necessárias reflexões para nos ajudar na superação de nossa própria insensatez. Um lembrete sobre algo básico, mas frequentemente esquecido: nós podemos estar errados.

3) Assista ao vídeo de John Gray.

 



O escritor britânico Ian McEwan compartilha sua experiência a partir das inconsistências em que acabou caindo ao longo de sua trajetória como romancista e sobre a possibilidade de aceitarmos o erro.

4) Assista ao vídeo de Ian McEwan.

 

 



Muitos dos conflitos culturais e políticos na contemporaneidade são causados pela exaltação negativa do que nos diferencia dos outros, e não dos aspectos comuns. A dificuldade de enxergar o estrangeiro como um igual afeta nosso sentido de humanidade e civilização. O filósofo francês Edgar Morin reflete, neste vídeo, sobre a incompreensão cotidiana que se coloca diante da diferença.

5) Assista ao vídeo de Edgar Morin.

 

 

 

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