Postado em jun. de 2020
Filosofia | Sociedade
Como ser ético? Como ser justo? Como ser humano?
As ideias de grandes pensadores do Fronteiras do Pensamento para pensar com ética, justiça e humanidade em tempos globais.
A ética, nos estudos da filosofia, representa os valores morais de uma pessoa ou grupo. Ou seja, como nos comportamos para que exista um equilíbrio e um bom funcionamento social. Se analisarmos o que já aconteceu em escala global no ano de 2020 é possível constatar como o debate sobre o “coletivo” está em pauta. Talvez mais do que nunca esteve antes.
A questão do pensamento e das ações individuais e coletivas saíram do campo teórico e imaginário e aterrissaram na prática. Temos um foco (ou ameaça, se preferir o termo) comum para enfrentar. E ficou mais fácil de entender a diferença, os benefícios e os processos envolvidos quando nos focamos no coletivo. No bem comum. Permanecer em casa em isolamento social, por exemplo, é uma destas ações individuais que contribuem para o todo.
Este é apenas um exemplo direto. E pode ser amplificado para outras questões importantes como racismo, intolerância e preconceito. Mas como podemos ser mais éticos, justos e humanos? A filosofia, a justiça, a igualdade e – claro – a humanidade serão assuntos da temporada deste ano do Fronteiras do Pensamento, que vai trazer o tema Reinvenção do humano. E aproveitamos para fazer uma seleção especial de vídeos, nesta newsletter de conteúdos especiais, que desenvolvem algumas ideias e conceitos.
Fernando Savater fala sobre a ética para tempos globais. Kwame Anthony Appiah explica como abordar a questão do racismo. Michael Sandel aborda a humanização através da convivência. Leymah Gbowee apresenta a receita para mudar o mundo. E Karen Armstrong resgata a perdida arte do diálogo.
“Em um diálogo socrático, você tem que ouvir, não tem sentido entrar em diálogo a não ser que você esteja preparado para mudar com o encontro.”
Karen Armstrong
Cuidar do pai e da mãe. Dos filhos. Dos vizinhos. Da comunidade. Das pessoas que aparecem nas tragédias dos telejornais. Dos amigos do Facebook. O filósofo espanhol Fernando Savater, conferencista do Fronteiras em 2015, explica como fica a ideia de ética nestes tempos em que as comunidades com as quais nos importamos não têm fronteiras.
1) Assista ao vídeo de Fernando Savater.
Quer lutar contra o preconceito racial no mundo? Kwame Anthony Appiah, teórico cultural ganês mundialmente reconhecido por suas obras ligadas a etnias, racismo, identidade e moral e conferencista do projeto em 2013, tem uma lição para passar. Antes de acusar alguém de racista, pare e reflita.
2) Assista ao vídeo de Kwame Anthony Appiah.
Michel Sandel, filósofo político norte-americano e conferencista do Fronteiras em 2014, aponta a importância da infraestrutura urbana para reduzir a segregação entre diferentes grupos e classes sociais. Para ele, além da questão da desigualdade, deve-se pensar no desenvolvimento de uma convivência para a formação da conexão e solidariedade entre pessoas de origens distintas.
3) Assista ao vídeo de Michael Sandel.
Leymah Gbowee, Prêmio Nobel da Paz e conferencista do Fronteiras em 2013, fala sobre o que considera o início da consciência social em cada indivíduo e explica o poder de começar pequeno para expandir projetos, lutas e metas.
4) Assista ao vídeo de Leymah Gbowee.
Como a capacidade de diálogo, alicerce do ensinamento socrático, tornou-se uma competição para derrotar e humilhar os oponentes? A escritora britânica Karen Armstrong, conferencista do projeto em 2013, alerta sobre a importância da regra de ouro como base da convivência em sociedade.
5) Assista ao vídeo de Karen Armstrong.