O legado de David Lynch: um artista visionário e transformador

O norteamericano, nascido em Montana, David Lynch, foi um dos maiores cineastas do planeta de todos os tempos - e talvez de alguns outros planetas também, segundo alguns de seus fãs. Um artista intenso, de múltiplos talentos que, além de diretor de cinema, foi roteirista, escritor, músico, ator, conferencista e artista visual, entre outras atividades. É difícil definir a genialidade de David Lynch.

Na televisão, para a rede ABC - em colaboração com Mark Frost - criou, produziu e dirigiu dois dos sete episódios de uma das séries de maior sucesso no mundo (1990-91), cultuada por gerações de cineastas e diretores: Twin Peaks - um drama surrealista de mistério e horror ambientado em uma cidade pequena.

Antes ainda, no cinema, David Lynch desfilou sua genialidade desde filmes como Dune (1984) Veludo Azul (1986), Coração Selvagem (1990) até os perturbadores e sedutores Cidade dos Sonhos (1997) e Mulholand Drive (2001), terminando com Inland Empire (2006).

Desde 1973, Lynch meditava duas vezes por dia, todos os dias. Em 2005 criou a DLF - David Lynch Foundation, que possui vários programas voltados à saúde através da Meditação Transcendental (MT), à qual dedicou-se até o final de sua vida.

A fundação é resultado de suas meditações diárias e seu entendimento do poder da meditação - profunda e constante - na saúde (mental e física) das pessoas. A DLF propõe-se a ajudar a prevenir e erradicar a epidemia de trauma e estresse tóxico, em populações de risco, através da Meditação Transcendental, com o objetivo de melhorar a saúde e a capacidade cognitiva das pessoas, resultando em um melhor desempenho em suas vidas cotidianas.

Por tudo que é e representa para o cinema e as artes em geral, podemos nos considerar verdadeiramente privilegiados por dividirmos nosso tempo na Terra com um gênio tão produtivo e tão desafiador como David Lynch - que já dividiu suas ideias em disputada conferência para o Fronteiras do Pensamento.

RIP, David Lynch. E obrigado!