Rosa Montero

Rosa Montero

Escritora e jornalista espanhola

“Livros são sonhos que se sonham com os olhos abertos.” A definição é da escritora espanhola, Rosa Montero, nome entre os mais premiados da literatura europeia contemporânea. Para a autora, alguns desses sonhos, dessas imagens, emocionam tão profundamente que o escritor se vê obrigado a compartilhá-los, em forma de texto.

Foi na infância que Rosa Monteiro começou a escrever seus sonhos, após uma tuberculose. Aos 17 anos, cursou filosofia, mas trocou o curso pelo jornalismo (1969). Nesta profissão, tornou-se referência, chegando a redatora-chefe do jornal El País, um dos maiores periódicos do continente europeu. Já entrevistou mais de 2 mil personalidades (Yasser Arafat, Richard Nixon, Orhan Pamuk, Malala e outros tantos), desenvolvendo uma técnica estudada em universidades do mundo todo. 

Na ficção, como atesta Vargas Llosa, “sua prosa tensa e direta evita a grosseria e o fingimento”. A escritora estreou em 1979 com Crónica del desamor, obra que narra a história de Ana, jornalista como Rosa, tentando organizar a vida em um cenário espanhol dos mais conturbados. Desde então, publicou mais de 30 livros, entre coletâneas jornalísticas, romances e literatura infantojuvenil.

Com A louca da casa (2003) recebeu o Prêmio Grinzane Cavour de literatura estrangeira e o Prêmio Qué Leer para o melhor livro espanhol, distinção que também foi atribuída, em 2006, a História do rei transparente (2005). Em 2017, o conjunto de sua obra foi reconhecido pelo Prêmio Nacional das Letras Espanholas.

Essa multifacetada escritora também presenteou seu público com perfis de mulheres, como ela, incríveis e definitivas. Em Nós, mulheres (2018), ela reúne figuras como Agatha Christie, Simone de Beauvoir, Frida Kahlo e outras que situam a figura feminina no seu devido lugar: o centro da História.

Desde a morte do seu marido, fato que inspirou A ridícula ideia de nunca mais te ver (2013) – Prêmio da Crítica de Madrid em 2014 –, Rosa Montero divide o seu ano entre Madrid e Caiscais, em Portugal.

Em sua última obra, ainda não publicada no Brasil, El peligro de estar cuerda (O perigo de ser são – tradução livre), de 2022, oferece um estudo emocionante sobre os vínculos entre criatividade e instabilidade mental, tendo a psicologia (segunda formação de Rosa, depois do jornalismo) como pano de fundo, em um misto de ensaio e ficção.

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