Postado em ago. de 2020
Literatura | Cultura
Alain Mabanckou lança novo romance no Brasil
Conferencista confirmado no ciclo de conferências do Fronteiras do Pensamento em 2020, Alain Mabanckou lança Black Bazar
Romance íntimo, profundo, marcado por uma dolorosa melancolia, Black Bazar é a mais nova obra do escritor franco-congolês Alain Mabanckou. No livro lançado no Brasil pela editora Malê neste mês, o escritor convida você a conhecer a história de Fessologue. O narrador protagonista, que é abandonado pela companheira e pela filha, compra uma máquina de escrever e começa a registrar um diário dos sentimentos suscitados pela separação.
Vivendo em um apartamento simples, mas se vestindo com os melhores ternos, como um dândi africano, o narrador de Black Bazar segue o padrão estético da SAPE - Sociedade de Ambientadores e de Pessoas Elegantes, fundada na favela de Bacongo, na República Democrática do Congo, nos anos 1960, quando o país estava sob comando do ditador Mobutu Sese Seko e era ainda conhecido como Zaire. Os sapeurs usavam ternos de cores fortes e corte meticuloso, destoando do cenário de pobreza e representando uma ofensa ao governo da época.
A história é composta pelas paixões do personagem, e por elementos da formação de uma sociedade em um constante estado de elaboração sobre dois fatos históricos: a colonização francesa em países africanos e a migração de africanos para a França.
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Um dos mais fortes nomes da literatura francófona contemporânea, o escritor Alain Mabanckou é também jornalista, poeta e professor de literatura na Universidade da Califórnia. Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2020, Mabanckou também é autor de autor de “As cegonhas são imortais”, “Petit Piment”, “Luzes de Ponta-Negra” e o romance “Memórias de porco-espinho”, que lhe rendeu o Prêmio Renaudot.
Alain Mabanckou
Escritor