"Ciência trancada em laboratório é ciência perdida para a sociedade"

Postado em jun. de 2022

Ciência | Neurociência

"Ciência trancada em laboratório é ciência perdida para a sociedade"

Em uma entrevista exclusiva concedida ao Jornal Folha de S. Paulo, o renomado pesquisador da Universidade de Columbia detalha suas ideias sobre a necessidade de melhorarmos a comunicação científica com a sociedade.


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Conferencista da Temporada 2022, Stuart Firestein defende mudanças na maneira como se ensina ciência ao longo de toda a educação formal, da escola à faculdade, conforme explicou em uma entrevista exclusiva concedida ao Jornal Folha de S. Paulo.

Nesta publicação, o renomado pesquisador da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, também detalha suas ideias sobre a necessidade de melhorarmos a comunicação científica com a sociedade. Esse, aliás, é o tema de uma pesquisa que realiza em conjunto com a brasileira Natalia Pasternak, e com quem vai dividir os palcos do Fronteiras do Pensamento, em São Paulo, 8 de agosto, e, em Porto Alegre, no dia 10 de agosto. Eles farão a conferência de abertura da Temporada, que seguirá com mais 11 conferências. Se você ainda não garantiu o seu ingresso, acesse o site e veja como é simples!

Antes de conhecer um pouco mais sobre a obra de Stuart Firestein, saiba um pouco mais sobre as ideias de sua companheira de conferência, a cientista Natalia Pasternark, ouvindo aqui uma entrevista que ela deu ao Timeline da Rádio Gaúcha.

Stuart Firestein é atuou também nas universidades de Yale, Paris VI e Cambridge, e há mais de 15 anos ministra um curso sobre as incertezas do processo científico, que originou os livros Ignorância: como ela impulsiona a ciência (publicado em 2012 e lançado no Brasil em 2019 pela Companhia das Letras) e Failure: Why Science Is So Successful. Além das obras, publica artigos nas revistas Wired e Scientific American e fundou a NeuWrite, rede internacional de comunicação da ciência integrada por cientistas, escritores, cineastas e artistas. 

Hoje é um neurocientista reconhecido por seus estudos sobre a natureza do olfato, mas iniciou sua carreira acadêmica de forma tardia, aos 40 anos, após trabalhar no teatro por quase duas décadas. Ele foi eleito membro da Associação Americana para o Avanço da Ciência. É pós-doutor em neurobiologia e atuou nas universidades de Yale, Paris VI e Cambridge.

Como ressalta a matéria da Folha de S. Paulo, Firestein há muito tempo sustenta uma ideia contraintuitiva: a de que a ignorância e o fracasso são fundamentais para o progresso científico. Tema detalhado na obra Ignorância: como ela impulsiona a ciência, em que se atém sobre a natureza da pesquisa. No livro, Stuart Firestein faz um elogio aos mistérios científicos e às incertezas que motivam os cientistas ao demonstrar que a ignorância é o verdadeiro combustível da busca por conhecimento.

Na apresentação do livro, consta que a defesa do autor de que "a ignorância – e não o conhecimento – é o verdadeiro motor da ciência. Essa é a premissa deste livro, com linguagem ágil e acessível. Segundo o autor, a maioria de nós tem uma falsa impressão da ciência como um método infalível para descobrir coisas e fazê-las acontecerem. Na verdade, o trabalho dos pesquisadores é como 'procurar um gato preto em um quarto escuro, sem saber se o gato está lá'. E é exatamente esse 'não saber' que os mantém no laboratório até tarde da noite. Aqui, o autor mostra como os cientistas usam a ignorância – consciente ou inconscientemente – para planejar seu trabalho, identificar o que deve ser feito, quais são os próximos passos e onde devem concentrar sua energia."

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Stuart Firestein

Stuart Firestein

Neurocientista norte-americano

Um dos mais renomados neurocientistas da atualidade.
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