Postado em jul. de 2022
Psicologia e Saúde Mental | Mulheres Inspiradoras
Como a psicanálise ajuda a entender o nosso tempo?
A psicanalista reflete sobre o espaço e o lugar que a psicanálise ocupa nos nossos dias e antecipa o assunto que fará parte da sua conferência na Temporada 2022.
Maria Homem fará uma das 12 conferências da Temporada 2022 do Fronteiras do Pensamento – Tecnologias para a vida. A psicanalista brasileira, uma das mais lidas e ouvidas do país, será uma das conferencistas on-line, que será lançada no dia 22 de agosto, na plataforma para os assinantes. Se você ainda não garantiu o seu ingresso, acesse o site.
A conferencista foi entrevistada ao vivo no Programa Timeline da Rádio Gaúcha, que você pode escutar na íntegra pelo link. Em sua participação, Maria discorre sobre como a psicanálise pode nos ajudar a entender
Psicanalista clínica e uma das intelectuais públicas mais influentes do País, é autora de Coisa de menina? e Lupa da alma. Mestre em psicanálise e estética, aborda questões contemporâneas de gênero, sexualidade, vida digital e diversidade.
Também é articulista do jornal Folha de S. Paulo e acumula mais de 200 mil seguidores no seu canal do YouTube, que já possui quase 9 milhões de visualizações.
Psicóloga e doutora em letras pela USP, é mestre em psicanálise e estética pela Universidade de Paris VIII e pesquisadora do Núcleo Diversitas (FFLCH-USP). É professora da FAAP, do Museu da Imagem e do Som, da Casa do Saber, e foi professora visitante da PUC-SP.
Atualmente trabalha na interface Psicanálise, Subjetividade e Cultura. Além da clínica, atua na esfera pública abordando em suas reflexões o laço social, a literatura, o cinema, a comunicação, os conflitos, a política e questões contemporâneas, como gênero, sexualidade, vida digital e diversidade.
Obras
Lupa da Alma (Todavia, 2022). A pandemia tornou as crises mais agudas. As emoções parecem estar à flor da pele. Se estávamos buscando formas de mantê-las sob controle, ou sob anestesia, agora parecem ter obtido um passe livre para circular sem tanta repressão. Como não escutar esse caos que parece explodir em forma de revelação? Essa experiência que nos é comum parece funcionar como uma lupa da alma, magnificando os eventos e permitindo ver aquilo que estava oculto. Uma lente de aumento sobre aquilo que acontece em casa, na cidade, no país, no planeta. Bilhões de pessoas simultaneamente enfrentam o mesmo vírus. Talvez seja o maior laboratório subjetivo da história humana: nunca havíamos partilhado uma experiência dessa magnitude ao mesmo tempo. Este livro explora o impacto do vírus em diversas esferas da vida: amor, ódio, família, amigos, trabalho, morte. Com a verve e a inteligência que fizeram dela uma das psicanalistas brasileiras de maior projeção nos últimos anos, Maria Homem oferece alento nesse momento de incerteza e examina formas de angústia que falam direto ao lado sombrio de cada um de nós.
Coisa de menina? (Papiro,2019). As discussões sobre gênero parecem ter tomado o centro dos debates na atualidade. Entre elas, as questões que envolvem o feminino surgem com força e muita polêmica. Afinal, o que quer uma mulher? Essa famosa pergunta de Freud ecoou ao longo do século XX, quando várias ciências buscavam desbravar o enigma do “continente negro” feminino, em franca transformação. Ao enigma do feminino, podemos contrapor o enigma do desejo: de homens, mulheres, lésbicas, gays, trans, neutros e todo o cada vez mais vasto espectro da sexualidade humana. O que é e como se revela o desejo? Por que sobretudo a sexualidade e o corpo da mulher foram profundamente recalcados no Ocidente? Quais as bruxas que nos perturbam? A que vêm os feminismos e quais nossos impasses hoje? São esses temas que os psicanalistas Maria Homem e Contardo Calligaris analisam nesse livro, com coragem, franqueza e discernimento. Num mundo que vê o pensamento cada vez mais polarizado, os autores buscam promover a livre reflexão para, assim, repensar o feminino.
No limiar do silêncio e da letra (Bointempo,2012). Em No limiar do silêncio e da letra: traços da autoria em Clarice Lispector, Maria Homem lança luz sobre a construção e crise da subjetividade contemporânea ao mediar o encontro inusitado entre a maior escritora brasileira, Clarice Lispector, e um dos pilares da psicanálise moderna, Jacques Lacan. Como a psicanálise pode contribuir para a renovação da leitura crítica das obras de Clarice Lispector? Nas primeiras décadas do século XXI, o que ainda temos a escutar de Clarice? ‘Maria Lucia enfrenta a tensão entre a psicanálise, que busca escutar o inaudível, e a literatura, que tenta expressar o irrepresentável, para explorar uma busca da ‘realidade muda’.
Maria Homem
Psicanalista