Postado em mar. de 2023
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No meio do caminho, havia um Nobel
Entre duas participações de Denis Mukwege, o médico é laureado com o Nobel da Paz
O nome é Denis Mukwege, médico que já tratou mais de 30 mil mulheres e meninas vítimas de estupro e violência sexual na República Democrática do Congo.
Mukwege participou pela primeira vez do evento em 2010, quando falou sobre “a relação entre a africanidade e a humanidade, entre os direitos dos africanos como membros de uma etnia particular e o dever dos africanos como membros da espécie humana”.
Oito anos depois, foi homenageado com o Nobel da Paz, por seus esforços contra o uso da violência sexual como uma arma de guerra e conflitos armados.
No ano seguinte, em 2019, o médico retorna ao Fronteiras do Pensamento dessa vez denunciando o silêncio da comunidade internacional diante de 617 crimes contra a humanidade cometidos no seu País há mais de 20 anos e ainda impunes.
Entre as duas conferências e o prêmio resta a resiliência de Mukwege. O Relatório Mapping, documento que suporta as denúncias, ainda não despertou a devida atenção das Nações Unidas. Mas, no Fronteiras do Pensamento o médico sempre terá vez e voz.
Denis Mukwege
Médico congolês